terça-feira, 7 de setembro de 2010

Essa eu recebi de um amigo, um grande Poeta..
obrigado A.P.L

A Rua

A rua desperta tudo.
Amor, ódio, traição.

Entre vândalos e bêbados,
Entre putas e boêmios,
Entre michês e gigolôs,
Entre viciados e poetas,
Entre gays e lésbicas...

Rebola a patricinha indiferente,
Aponta e se julga diferente.
Mente! Ninguém sabe como age,
Grita, geme e goza a bela moça,
Presa voluntária – quatro paredes.

O mauricinho desfila novas grifes,
Diz à mãe que vai ao baile,
Vai à zona o matreiro.
Mente! O filhinho do papai
Cheira pó, não bebe leite.

Passa, depois da santa missa,
A papa-hóstia respeitosa
Que traiu ontem seu marido.
Seu marido, ao lado, cabisbaixo,
Travestis conhecem pelo nome.

Vem de batina o criminoso,
Usa Deus em seu engodo,
Criatura dos demônios!
Ali, na sacristia, pedofilia,
Devorador de criancinhas.

Apressado vem o senhor de paletó,
Olhos cinza de lobo velho.
Político – verme maldito!
Corrupto! Fantasma público!
Aos domingos, paga dízimo.

De decote vai à escola, porém,
Giz e mini-saia não combinam.
E faz charme a nova professorinha,
Mais tarde, estuprada na periferia,
A vadia denuncia: “eu não fiz nada”.

Marginais, skinheads e os
Valentões que usam farda
Dão porrada. Depois da curva,
Na madrugada, pedem benção
Na mesma casa lá do morro.

E todos juntos no chiqueiro,
A família, a batina, o paletó,
Os fardados, a professorinha
E tantos outros falso-moralistas,
Cospem nos pratos que lamberam
Lá na rua, na praça, na avenida...

Assim é senhores, há muito tempo,
Sodoma e Gomorra ainda existem,
Seus discípulos vão à santa missa,
À igreja ou ao culto de terno cinza,
Será que o pobre homem do calvário
Perdoará tamanha hipocrisia?

Já não há casa sem espelhos,
Veja o rabo, depois atire a pedra.
Chute o bêbado e reze o credo,
Dê uma de madalena arrependida,
Vinte, trinta ave-marias, depois
Volte ao prazer de cada esquina.

A rua desperta tudo.
Amor, ódio, traição.

terça-feira, 13 de julho de 2010

POSTANDO

POSTANDO A POESIA ENCONTRADA E FEITA POR UM GRANDE AMIGO

Um herói pra ti

Desperta em mim

O homem que deseja cuidar e amparar tua dor
O menino que necessita do teu olhar

Detona em mim

O ser que anseia por prazer
O mito que necessita da adoração

Busca em mim

O Valente que quer te proteger das mazelas das rotinas
O covarde que se esconde na sua sombra, para poder assim sentir tua força

Amar em mim

O homem menino que busca tua cumplicidade
O ser mito que caminha na sua vontade
O Valente covarde que acredita que pode viver rotinas com vc

Assim, ao despertar a vida, detono forças que buscam a verdade da emoção amando a esperança de ser verdadeiro ao teu lado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

GENERO ARTE E EDUCAÇÃO

http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/Arquivos2009/Extensao/I_encontro_inter_artes/14_Guaraci_e_Reinaldo.pdf

Este artigo trata sobre uma experiência vivida no Curso de Extensão com professoras(es) de Curitiba e Regiões Metropolitanas, em sua maioria responsáveis pelo ensino de teatro no Ensino Básico. O processo contou com a participação dos alunos do quarto ano do curso de Licenciatura em Teatro da Faculdade de Artes do Paraná, que realizaram o seu processo de estágio nesse curso, possibilitado uma vivência teórica e prática entre docentes do ensino superior, ensino básico, e futuros professores de teatro. O curso está vinculado à pesquisa de doutorado em andamento, que busca estratégias pedagógicas que possam contribuir, por meio do ensino do teatro, para uma discussão consciente na escola sobre questões relacionadas à discriminação e à exclusão da(o) estudante em função das relações de gênero e da sexualidade marcadas pelos padrões heteronormativos. Esta temática está presente na sala de aula, contudo, não é abordada na escola, e quando em debate, se restringe aos aspectos de prevenção e à saúde, desconsiderando as relações de poder nela envolvidas. Convivemos em uma sociedade patriarcal pautada em rígidos padrões sócio-culturais que fixam e limitam as identidades. Estas marcadas por binarismos que tendem a determinar as formas de ser e de viver das pessoas, à partir de múltiplos discursos sobre o sexo: discursos estes que regulam, que normatizam, que instauram saberes e produzem “verdades”. Em sua maioria, os cursos de licenciatura, não contemplam este tema em seus currículos, considerando-se importante o investimento na formação continuada com enfoque neste objeto de pesquisa

sexta-feira, 30 de abril de 2010